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artigo 36

Qual o papel da Aurora teleQ no acesso à saúde em regiões geograficamente dispersas?

2025-03-27

by Pia

Em Portugal, o acesso igual aos cuidados de saúde continua a ser um desafio significativo para muitas populações, especialmente aquelas que residem em locais mais isolados ou de difícil acesso, como muitas aldeias no interior do país, no Alentejo e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. A distribuição desigual de profissionais de saúde e a escassez de infraestruturas médicas nestas áreas, por exemplo, contribuem para este cenário.

A título de exemplo, em 2022, quase 3% da população portuguesa referiu ter necessidades de cuidados médicos não satisfeitas, ultrapassando tanto a média da UE (2,2%) como a taxa antes da pandemia (1,7%).

Segundo o relatório “Portugal: Perfil de Saúde do País 2023”, realizado pela OCDE, a maior parte dessas necessidades não satisfeitas deveu-se ao fator custo, tendo as pessoas do quintil de rendimentos mais baixo uma probabilidade 20 vezes maior de referir estas necessidades do que as incluídas no quintil mais alto.

 

Desigualdades no acesso à saúde. Porquê?

A disparidade na distribuição de médicos e hospitais em Portugal pode ser encarado como um dos principais entraves ao acesso universal e equitativo à saúde.

Um estudo noticiado em 2017 dava conta de que, na Área Metropolitana de Lisboa, existiam aproximadamente 250 médicos por cada 100.000 habitantes, enquanto no Alentejo esse número desce para cerca de 100 médicos por cada 100.000 habitantes. O mesmo acontece, por exemplo, com os médicos de família, sendo que o Alentejo apresentava um rácio de apenas 41 médicos por cada 100.000 habitantes, um número inferior ao registado em Lisboa, que era de 69.

Além da escassez de profissionais, a falta de infraestruturas é um dos outros problemas apontados, levando muitos portugueses que vivem em locais mais isolados a percorrer vários quilómetros até à unidade de saúde mais próxima.

Mais uma vez, o Alentejo é disto exemplo. Nesta região, 72,3% dos concelhos não dispõem de serviços de radiologia o que limita drasticamente o acesso a exames fundamentais. Esta realidade traduz-se em tempos de espera prolongados e na necessidade de deslocações para outras regiões para obter cuidados básicos, um fator que agrava ainda mais a situação da população mais envelhecida, com dificuldades de mobilidade.

As consequências destas desigualdades são visíveis nos indicadores de saúde das populações afetadas. Segundo os dados mais recentes, o Alentejo regista a maior prevalência de insuficiência cardíaca do país, afetando cerca de 29,2% da sua população. O diagnóstico tardio e a falta de acompanhamento contínuo devido às dificuldades de acesso podem contribuir para o agravamento destas condições de saúde.

 

Barreiras no acesso aos cuidados de saúde

Para além da escassez de médicos e infraestruturas, a dificuldade no agendamento de consultas e exames também representa um entrave ao acesso aos cuidados de saúde. Por falta de atendimento telefónico, muitos utentes têm de se deslocar fisicamente aos centros de saúde para marcar uma consulta.

Mas a dificuldade de contacto traz ainda mais barreiras a quem mora em locais isolados. As populações das regiões afetadas pela falta de acessibilidade, como interior do país, Alentejo e ilhas, enfrentam desafios adicionais, nomeadamente a necessidade de deslocações presenciais para marcar e desmarcar consultas, tirar dúvidas ou renovar receitas de medicamentos — coisas que poderiam ser feitas por telefone.

Estas deslocações representam um custo económico significativo para os utentes, que têm de se deslocar às unidades de saúde para tratar de questões administrativas. Muitas vezes, tendo em conta as dificuldades dos transportes públicas nestas zonas, têm inclusive de faltar ao trabalho.

 

O papel da tecnologia na melhoria do acesso à saúde

A transformação digital tem vindo a desempenhar um papel fundamental na redução das barreiras no acesso à saúde. Existem soluções tecnológicas, como a Aurora teleQ, que são um exemplo de como é possível aproximar os cuidados de saúde das populações mais isoladas e desfavorecidas.

Através desta plataforma, os utentes podem agendar consultas remotamente, sem necessidade de deslocações, evitando filas de espera presenciais e garantindo um atendimento mais eficiente. Tendo em conta que muitas das pessoas que vivem isoladas são idosas, nem sequer é necessário a ligação à internet — basta que as unidades de saúde consigam responder a todos os pedidos de contacto. Com a Aurora teleQ, isso é possível.

A Aurora TeleQ permite um contacto rápido e eficaz entre utentes e unidades de saúde, assegurando que nenhuma tentativa de contacto fique sem resposta. A automatização do processo reduz a sobrecarga administrativa dos centros de saúde e melhora a experiência do utente, que pode ser atendido de forma mais célere e organizada. Além disso, a telemedicina possibilita consultas remotas, permitindo que médicos consigam acompanhar doentes à distância, especialmente em casos de doenças crónicas que exigem monitorização contínua.

Para regiões como o Alentejo e as ilhas, onde o acesso a hospitais e centros de saúde apresenta mais barreiras, a tecnologia surge como uma solução indispensável para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente da sua localização geográfica.

A implementação de tecnologias como a Aurora teleQ pode reduzir significativamente o número de deslocações desnecessárias aos centros de saúde, permitindo que os recursos sejam canalizados para os casos que realmente necessitam de atendimento presencial.

 

Conclusão

A desigualdade no acesso à saúde em Portugal é um problema estrutural que afeta milhares de pessoas, sobretudo aquelas que vivem no interior, Alentejo e nas regiões autónomas. A falta de médicos, a escassez de infraestruturas e as dificuldades no agendamento de consultas são obstáculos que comprometem a qualidade de vida e a saúde dos cidadãos.

No entanto, a inovação tecnológica, através de soluções como a Aurora teleQ, apresenta-se como um caminho viável para aproximar os serviços de saúde da população, garantindo um acesso mais rápido e eficiente aos cuidados médicos. A aposta em ferramentas digitais pode ser a chave para uma maior equidade no sistema de saúde português, garantindo que ninguém fique para trás devido à sua localização geográfica.

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