Melhor comunicação com os serviços de saúde é essencial para doentes cardiovasculares
Maio é reconhecido como o Mês do Coração, uma altura do ano dedicada à sensibilização para a prevenção, diagnóstico precoce e controlo das doenças cardiovasculares — ainda hoje, a principal causa de morte em Portugal. É, portanto, um momento crucial para refletir sobre os desafios enfrentados por quem vive com estas patologias e sobre como o sistema de saúde pode tornar-se mais próximo, acessível e eficaz.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), mais de 50% da população portuguesa tem excesso de peso, 40% sofre de hipertensão arterial, 30% tem colesterol elevado, 20% tem hábitos tabágicos e 13%, com idades entre os 20 e os 79 anos, tem diabetes.
Ainda assim, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dos principais fatores para as doenças do aparelho circulatório serem a primeira causa de morte em Portugal. De acordo com a SPC, cerca de 12 mil portugueses, por ano, são atingidos pelo AVC.
Neste contexto, uma melhor comunicação entre utentes e serviços de saúde assume um papel determinante. Com uma grande prevalência das doenças do sistema circulatório, o melhor acesso à informação pode fazer a diferença para uma resposta eficaz às necessidades deste grupo. Mas será que estamos a comunicar de forma eficiente? E que ferramentas existem hoje para melhorar essa relação?
O desafio da comunicação no Serviço Nacional de Saúde (SNS)
As doenças cardiovasculares exigem acompanhamento contínuo, vigilância de sintomas e, muitas vezes, respostas rápidas e eficazes. No entanto, a realidade do contacto com os serviços de saúde nem sempre corresponde às necessidades de quem vive com estas e outras condições: longos tempos de espera ao telefone, dificuldade em marcar consultas ou em obter informações básicas e, por vezes, um sentimento de desamparo por não conseguir “chegar” ao contacto quando se precisa.
Esta ineficiência na comunicação pode ter consequências. Um sintoma ignorado por falta de contacto, uma consulta adiada por dificuldade em agendar ou uma dúvida que não é esclarecida atempadamente podem evoluir para situações mais complexas. É neste ponto que as soluções tecnológicas, quando bem aplicadas, podem transformar radicalmente a experiência do utente.
Com este objetivo, a Aurora Innovation desenvolveu a solução Aurora teleQ, uma plataforma de gestão de chamadas que coloca o utente no centro do processo. A Aurora teleQ não é apenas uma ferramenta tecnológica — é uma forma de humanizar o contacto com os cuidados de saúde, tornando-o mais simples, direto e eficaz.
Ao otimizar o atendimento telefónico, a Aurora teleQ reduz significativamente o tempo de espera, organiza os fluxos de chamadas e garante que cada contacto é respondido da forma mais apropriada e atempada possível. Num período como o Mês do Coração, em que aumenta a procura por rastreios e consultas na área cardiovascular, esta eficiência torna-se ainda mais valiosa.
Para os doentes cardiovasculares — muitos dos quais pertencem a faixas etárias mais elevadas —, a acessibilidade é um fator-chave. Nem sempre têm facilidade em utilizar aplicações ou portais digitais complexos e o telefone continua a ser um canal fundamental de contacto. Com a Aurora teleQ, este meio tradicional é transformado numa ponte eficaz entre utente e equipa clínica.
A plataforma permite o agendamento inteligente de chamadas, evitando congestionamentos e garantindo que os utentes recebem retorno no horário mais conveniente. Além disso, ao integrar-se com os sistemas existentes nas unidades de saúde, agiliza o processo de marcação de consultas e exames.
Este tipo de tecnologia não substitui o contacto humano — pelo contrário, permite que ele aconteça de forma mais cuidada e organizada. O resultado? Menos ansiedade, maior confiança e, acima de tudo, uma resposta mais rápida em todas as situações.
A prevenção começa com comunicação
Os serviços de saúde têm a responsabilidade de dar uma resposta eficaz e em tempo útil aos seus utentes, sobretudo aos mais vulneráveis, como grupos de risco — grávidas, doentes crónicos, entre outros.
Todos os anos são realizadas campanhas de sensibilização, como o Mês do Coração. Porém, além desta consciencialização, é preciso implementar ações concretas no terreno. Ter uma linha de atendimento disponível, que funcione bem e responda às necessidades reais dos utentes, é um passo fundamental.
A tecnologia, neste cenário, deve ser vista como aliada — e soluções como a Aurora teleQ provam que é possível melhorar substancialmente a experiência do utente sem aumentar a carga sobre os profissionais de saúde.
Um dos maiores exemplos é a vantagem desta solução em criar canais alternativos dentro do sistema. Por exemplo, é possível as unidades de saúde criarem percursos alternativos nas chamadas através de um menu telefónico. Desta forma, os doentes podem ser reencaminhados para pessoas ou serviços clínicos específicos com base nas suas necessidades de saúde.
Esta pode ser uma opção fundamental para estes grupos de risco, porque é possível filtrar as chamadas por ordem de prioridade. Por exemplo, com um canal aberto específico para doentes do coração, podemos garantir que haja uma resposta imediata através de um percurso específico no menu telefónico.
Porque cuidar do coração começa por ouvir
No fundo, cuidar do coração começa com ouvir. Uma comunicação eficaz entre utentes e profissionais de saúde não é um luxo, é uma necessidade vital. E é isso que o Mês do Coração nos deve lembrar: que cada batimento conta e que cada contacto com o sistema de saúde deve ser uma oportunidade para prevenir, orientar e proteger.
Com ferramentas como a Aurora teleQ, estamos mais perto de um sistema de saúde verdadeiramente centrado no utente — um sistema que valoriza a escuta ativa, a resposta rápida e o acompanhamento contínuo. Porque quando o telefone toca, pode ser o coração a pedir ajuda. E estar do outro lado, com disponibilidade e empatia, pode fazer toda a diferença.