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Presente e futuro das soluções tecnológicas aplicadas aos cuidados de saúde

Vivemos na era digital e, como tal, diariamente falamos em soluções tecnológicas. Mas, o que são estas soluções?

De uma forma genérica, soluções tecnológicas podem ser definidas como aaplicação de uma tecnologia, direcionada para a satisfação das necessidades de criação, inovação, remodelação, ou melhoria de um produto ou serviço. Assim sendo, as soluções tecnológicas pretendem ser a melhor forma de solucionar os problemas propostos através da aplicação dos conhecimentos adquiridos.

Na atualidade, a aplicação de soluções tecnológicas agrega um grande valor e potencial para as empresas, na medida em que otimiza processos e desburocratiza rotinas em serviços e atendimentos, sendo uma ótima opção para melhorar a sua qualidade, a sua lucratividade, e redução de custos. Um dos casos mais relevantes e provavelmente dos mais importantes é a aplicação de soluções tecnológicas na área da saúde. A tecnologia não só auxiliou a ciência a evoluir e a melhorar o tratamento clínico dos pacientes, como também auxiliou e continua a auxiliar na melhoria sucessiva do atendimento ao utente.

Quando se pensa nas tecnologias aplicadas à saúde o primeiro pensamento seria evoluções a nível técnico nos meios complementares de diagnóstico como o eletrocardiograma, o raio- x, os “robôs cirurgiões”, entre muitos outros que têm feito parte do dia a dia dos profissionais de saúde. Ainda assim, existem outras tecnologias aplicadas à área da saúde que facilitam o acesso dos pacientes aos cuidados de saúde e, ao mesmo tempo, permitem uma otimização da organização das instituições de saúde.

A pandemia acelerou indiscutivelmente o avanço tecnológico e trouxe clareza sobre algumas das necessidades – tanto dos utentes como dos profissionais de saúde.  É agora mais fácil e mais rápido para os doentes obter serviços médicos fora do tradicional estabelecimento médico, aumentando a conveniência e a acessibilidade para todos.

Globalmente, em 2020 o financiamento para iniciativas de saúde digital atingiu um máximo histórico de 26,5 mil milhões de dólares em 2020, com a pandemia COVID-19 a catalisar o crescimento do investimento. Só o financiamento para a telemedicina atingiu 4,3 mil milhões de dólares em 2020.

Como indústria, a saúde ainda tem um caminho a percorrer quando se trata de tecnologia, mas desenvolvimentos recentes colocaram a indústria numa posição privilegiada para a inovação e melhoria. As empresas de tecnologia da saúde têm uma enorme oportunidade de introduzir as ferramentas certas para ajudar tanto os pacientes como os fornecedores. Ao olharmos para o futuro, existem previsões para que a telemedicina, softwares médicos, partilha integrada de dados, big data, inteligência artificial, wearables, uma maior transparência para os doentes e análise preditiva se tornem primordiais nos cuidados de saúde.

Telemedicina

A Telemedicina tornou possível aos pacientes receberem cuidados sem uma visita presencial ao consultório. Para além disso, a monitorização remota dos doentes está a tornar-se mais aceite, tendo crescido exponencialmente em popularidade ao longo da pandemia, isto inclui agora tecnologia utilizável com capacidades notáveis, desde a monitorização remota de sinais vitais até aos ecocardiogramas à distância. Se não fosse a pandemia, provavelmente teria levado mais uma década para a indústria dos cuidados de saúde chegar onde hoje se encontra.

A Telemedicina é também uma estratégia de eSaúde e permite que os profissionais de saúde atendam os seus pacientes à distância, como por exemplo: a Teleconsulta. Esta especialidade permite encurtar distâncias entre os pacientes que se encontram em regiões mais isoladas e os seus médicos. A Telemedicina usa as tecnologias da informação e comunicação de modo a compartilhar informações entre os profissionais de saúde e os pacientes, juntando médicos a pacientes em todo o mundo, democratizando o acesso à saúde, fazendo com que o atendimento seja feito em tempo real e, obviamente, reduzindo os custos e a sobrelotação dos estabelecimentos de saúde.

Nos últimos anos, Portugal tem apostado no desenvolvimento da Telemedicina, como por exemplo através da app My SNS e Prescrição Eletrónica Médica – exames e receitas sem papel.

Softwares médicos

Os softwares médicos são o pilar digital dos cuidados de saúde. Abrangem um grande número de tecnologias médicas, tais como soluções EHR e EMR, soluções administrativas, e muito mais. Estes ajudam os prestadores de cuidados de saúde a gerir os cuidados de utentes e operações gerais dentro do seu consultório.

São também ótimas plataformas para profissionais de saúde que pretendem reunir todas as suas informações num local seguro, para além de contar com funcionalidades que poupam tempo e auxiliam na gestão e organização do seu dia a dia.

No caso específico de softwares médicos de gestão, existem funcionalidades como a gestão de marcação de consultas, controlo financeiro, criação de relatórios e gráficos. O investimento em softwares médicos é essencial para proporcionar um tratamento e atendimento otimizado aos utentes, assim como proporcionar aos profissionais de saúde um ambiente de trabalho mais positivo. O aumento da disponibilidade nos serviços de cuidados da saúde contribui para cuidados mais eficazes em termos de custos, uma utilização mais eficiente dos recursos públicos e uma população mais saudável.

A Aurora teleQ é um exemplo deste tipo de software. Esta tecnologia tem o intuito de agilizar o contacto do paciente com o seu médico, tornando-o mais fácil e deixando o utente menos frustrado. Consequentemente, esta organização traz alívio à instituição de saúde e permite um dia de trabalho mais fluido.

Através desta tecnologia inovadora é possível obter um melhor ambiente de trabalho e utentes mais satisfeitos com menores custos. O serviço ajuda a sua empresa a atender mais chamadas, ter mais organização enquanto ganham tempo para intercalar outras tarefas entre as chamadas, assegurando que os seus serviços irão ocupar o primeiro lugar nas medições nacionais respeitantes à acessibilidade telefónica nos cuidados primários de saúde.

Assim, como benefícios desta inovação tecnológica, obterá mais consultas médicas, capacidade para assistir mais utentes, planear horas extraordinárias, controlar melhor o tempo e os efetivos, priorizar as chamadas mais importantes e muito mais.

Partilha integrada de dados

Um dos maiores desafios nos cuidados de saúde atuais é a falta de partilha de dados entre os prestadores. Os dados e as informações dos doentes não são partilhados rotineiramente entre os prestadores, o que pode causar desafios evitáveis, frustrações, atrasos e resultados potencialmente prejudiciais para os doentes. Pode também criar problemas para os sistemas de saúde. A partilha segura e compatível com o HIPAA dos dados e informações dos doentes entre os prestadores de serviços médicos será um dos avanços mais importantes na próxima década.

A retenção de dados e informação dos doentes leva a custos de cuidados de saúde desnecessários. Isto deve-se, na maioria das vezes, ao facto de laboratórios e exames médicos não essenciais ou redundantes serem feitos porque os fornecedores não têm acesso ao historial médico completo de um utente. O acto de não partilhar dados e informações importantes do doente pode também levar a tratamentos médicos desnecessários.

Para ajudar a aumentar o acesso aos cuidados de saúde e melhorar a indústria em geral, tanto para os sistemas de saúde como para os utentes, é fundamental utilizar tecnologia avançada para melhorar a partilha de dados.

Big Data

Big Data adquire e analisa informações a partir de conjuntos de dados demasiado grandes para serem analisados por sistemas tradicionais, como é o caso dos dados dos utentes de saúde portugueses.

Assim, Big Data pode auxiliar na solução de desafios e oportunidades de inovação na saúde, como é o caso de tomadas de decisões efetivas e redução de custos em pesquisa, permitindo pesquisas mais fidedignas sobre a saúde da população. O setor procura atualizar-se através de soluções que permitam otimizar as operações como atendimentos, consultas e até diagnósticos.

Na saúde, esta tecnologia pode revolucionar a medicina e a forma de gerir dados relevantes de utentes, profissionais e colaboradores. Por exemplo, na área da saúde esta solução tecnológica é usualmente utilizada para a realização de estudos, análises e tomada de decisões dentro de clínicas ou hospitais.

A grande dificuldade que a Big Data encontra na área da saúde é ordenar e dar prioridade à informação. As capacidades de dados são tão vastas que muitas vezes pode ser difícil determinar quais os pontos de dados e percepções que são úteis. Como resultado, muitas organizações utilizam a IA ou machine learning para processar estes dados com agilidade.

Inteligência Artificial

A inteligência artificial tem o potencial de redesenhar completamente os cuidados de saúde. Os algoritmos de IA são capazes de explorar registos médicos, conceber planos de tratamento ou criar medicamentos muito mais rapidamente do que qualquer interveniente atual na área da saúde, incluindo qualquer profissional médico.

Este tipo de inteligência é parecida à inteligência humana, mas não possui as limitações de um ser humano. As tecnologias de inteligência artificial (IA) estão a ser cada vez mais aplicadas aos cuidados de saúde. A utilização da inteligência artificial nos cuidados de saúde pode ajudar tanto nos cuidados de saúde como nos processos administrativos, tendo uma relevância especial porque permite processar e analisar dados médicos para melhorar a gestão da saúde.

Assim, na área da saúde, a Inteligência Artificial é aplicada, por exemplo, para construir um algoritmo capaz de selecionar perfis que teriam uma maior probabilidade de desenvolver determinada doença. Quando apoiada por Big Data, os cálculos realizados pelas máquinas regidas por IA tornam-se ainda mais assertivos, chegando mesmo a descobrir anomalias e até patologias – o que se considera muito útil para acelerar a solução de certos problemas médicos.

Por exemplo, ​​recentemente, o DeepMind do Google criou uma Inteligência Artificial para análise do cancro da mama. O algoritmo superou todos os radiologistas humanos em conjuntos de dados pré-seleccionados para identificar o cancro da mama, em média em 11,5%. Assim, considera-se que, apesar de atualmente ser indiscutivelmente necessária a presença humana no setor da saúde, o futuro da medicina irá depender da aplicação de tecnologia nos seus processos.

Wearables

Os wearables são dispositivos inteligentes capazes de serem usados como um simples acessório. São também a prova da evolução tecnológica, sendo capazes de monitorizar sinais vitais dos utentes – como ritmo cardíaco e qualidade do sono – e enviar todas essas informações diretamente para um profissional de saúde, estabelecimento médico ou, em caso de emergência, chamar diretamente o 112. Alguns exemplos de wearables na área da saúde são os tão conhecidos smartwatches.

Os avanços nos wearables estão a permitir aos pacientes – e aos seus médicos – tomarem decisões de saúde mais informadas. Um estudo recente, realizado a cerca de 500 pacientes norte-americanos que utilizam wearables ​​prescritos medicamente, comprova que 86% dos utentes inquiridos concordaram que os seus dispositivos melhoraram a sua saúde e qualidade de vida, e permitiram que os seus médicos prestassem uma maior qualidade de cuidados de saúde.

O grande desafio para o futuro dos wearables na Medicina é a análise de todos esses dados que são gerados. Umas das soluções mais discutidas por especialistas na área inclui a criação de uma espécie de banco em que os dados gerados pelos utilizadores são agregados, transferidos e armazenados.

Análise Preditiva

A análise preditiva pode realizar previsões que podem salvar as vidas para os utentes, tais como:

-Como é que um dado paciente pode reagir a certos medicamentos ou protocolos de tratamento;

-Que doentes são susceptíveis de ser readmitidos no hospital e por que razões;

-Deteção precoce de infecções, incluindo a detecção de Covid-19, com base na monitorização remota dos sinais vitais.

A análise preditiva está numa posição crucial para ajudar mais utentes a receber tratamentos médicos preventivos e evitar, por exemplo, ter de ser internado no hospital.

Transparência no Ciclo de Vida Médica

A tecnologia pode ajudar a colmatar a lacuna evidente na transparência do ciclo de vida médica dos utentes, proporcionando-lhes um acesso simples e fácil aos detalhes e informações críticas a partir de qualquer lugar. A título de exemplo, há pouco menos de dois anos, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA emitiu duas regras inovadoras que proporcionavam aos pacientes um acesso seguro e mais fácil aos seus dados de saúde, permitindo-lhes tomar decisões mais bem informadas.

Para além disso, é importante que esta informação seja apresentada aos doentes de uma forma acessível a todos. Um passo muito necessário para ajudar a aumentar o acesso a cuidados de saúde de qualidade para todos, uma maior transparência no ciclo de vida médico é fundamental.

Olhando para o futuro, é essencial que a indústria da saúde se mantenha concentrada num objectivo comum – assegurar que todos, independentemente das circunstâncias pessoais, tenham acesso a cuidados de alta qualidade e altamente acessíveis. A tecnologia avançada, tornada ainda mais poderosa pelo aumento da mobilidade, tornará este objetivo numa realidade.

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