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Digitalização da saúde e benefícios para a sociedade

Nos últimos anos, poucas indústrias sofreram mudanças tão radicais como a dos cuidados de saúde, como por exemplo as alterações que a pandemia veio trazer a este setor. A transformação digital veio ajudar a responder a desafios como este, desde opções de cuidados mais personalizados até à recolha otimizada de dados para criar novos formatos de cuidados, como a telemedicina. A digitalização tem o potencial de afetar todos os cuidados de saúde, oferecendo escolhas mais inteligentes e uma melhor utilização do tempo e dos recursos, ao mesmo tempo que permite que as pessoas passem mais tempo a interagir com os utentes no momento da prestação dos cuidados.

De acordo com o estudo Digitalização no Setor da Saúde: Estudo sobre os serviços digitais no setor da saúde em Portugal,

“a transformação digital e as tecnologias emergentes serão as grandes responsáveis por uma mudança radical no setor da saúde; as soluções digitais de cuidados de saúde têm o potencial para reduzir as desigualdades e aumentar o bem-estar de milhões de cidadãos. Se forem concebidas com propósito e implementadas de uma forma articulada, podem alterar radicalmente a forma como os serviços de cuidados de saúde são prestados aos doentes; e a transformação digital tem sido impulsionada pela criação de políticas, quer a nível nacional, quer da União Europeia.”

A saúde digital, ou e-Health, refere-se ao uso das tecnologias da informação e comunicação no setor da saúde, permitindo uma gestão mais eficiente e um diagnóstico mais preciso, proporcionando um melhor cuidado dos utentes. Esta é uma indústria em expansão que em 2020 investiu, a nível global, 21,6 bilhões de dólares, segundo o portal de dados Statista, sendo que em 2010 o investimento representava 1,1 biliões de dólares.

Graças à tecnologia, os utentes têm agora acesso a um atendimento mais personalizado e a um tratamento melhor com ferramentas de realidade virtual, dispositivos médicos vestíveis, telessaúde e tecnologia móvel 5G. Os médicos, por outro lado, podem otimizar os seus fluxos de trabalho ao utilizar sistemas baseados em inteligência artificial.

E-Health e Covid-19

A COVID-19 foi um acelerador da inovação digital dos cuidados de saúde em 2020. Em Portugal, o surgimento da COVID-19 foi um momento de aprendizagem para o setor da saúde e, por isso, é importante refletir no pré e pós pandemia assim como no Presente e Futuro da Digitalização, sendo que tal colocará um sério desafio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), criando a oportunidade de se reinventar e apostar no investimento da transformação digital e no desenvolvimento e consolidação dos sistemas de informação.

A saúde digital está a tornar-se cada vez mais aceite entre os utentes desde a pandemia. O motivo? O online trouxe uma diversificação dos canais de cuidados de saúde e uma otimização das formas de tratamento dos doentes, tornando o quotidiano dos profissionais de saúde mais flexível.

A carga de trabalho dos serviços de saúde geridos por pequenos recursos será gerida de uma forma mais equilibrada quando a maioria dos pacientes puder ser atendida via telefone ou chat. Porém, atualmente ainda existem vários obstáculos para que isto seja realizável, na medida em que ainda há muita dificuldade na compreensão dos canais digitais, principalmente pelos idosos.

Barómetro da Saúde Digital da adoção da Telessaúde em Portugal

Como exemplo da digitalização da saúde em Portugal, o Barómetro da Saúde Digital da adoção da Telessaúde e Inteligência Artificial foi realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a Glintt – Global Intelligent Technologies, S.A. (GLINTT), numa parceria científica com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP-NOVA) e com o Apoio Institucional dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). A 2.ª edição do Barómetro, referente a 2022, contou com a participação do Agrupamento das Instituições em 3 grandes grupos: ACeS, Cuidados Hospitalares e Outros; 23 hospitais SNS (47% do universo dos hospitais SNS) e 5 ACeS.

As conclusões do estudo apontam que:

·     84% das instituições têm pelo menos um projeto implementado na área de Telessaúde (em comparação com 75% em 2019);

·     Os Hospitais e, em particular os de menor dimensão são as Instituições que têm implementadas mais áreas de Telessaúde;

·     Teleconsulta é a área de Telessaúde mais utilizada (96%), seguida da Telemonitorização (63%) e do Telediagnóstico (39%);

·     97,7% dos Hospitais fizeram teleconsultas e 70% têm projetos implementados de telemonitorização, seguido do telediagnóstico (44%);

·     As plataformas informais são a solução mais utilizada para realização de teleconsultas (71,4%), seguida da RSE live (54,8%). No entanto, nos ACES a plataforma mais utilizada é a RSE live (60%);

·     56% considera que a Telessaúde é uma prioridade da sua instituição;

·     77% considera que a Telessaúde permite uma redução das readmissões hospitalares;

·     61% aponta como principal barreira ao desenvolvimento da telessaúde a baixa literacia em telessaúde.

Atualmente, a saúde digital já é considerada fulcral nos sistemas de saúde desenvolvidos em todo o mundo. A saúde digital utiliza as mais recentes tecnologias de informação e comunicação para desenvolver uma prática de saúde mais rápida, mais eficiente e que reduza os custos. Sistemas como a Aurora teleQ – o software que lhe permite obter mais consultas médicas, uma maior capacidade para assistir mais utentes, planear horas extraordinárias, controlar melhor o tempo e os efetivos, priorizar as chamadas mais importantes e muito mais – podem ajudá-lo a obter a transformação digital que necessita.

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