Como diminuir as faltas em exames de radiologia? Um caminho para melhorar a eficiência do SNS

A ausência dos utentes nas consultas programadas é um dos atuais desafios do Serviço Nacional de Saúde (SNS)   O sistema regista, por ano, milhares de faltas aos compromissos médicos, o que representa grandes consequências para as unidades de saúde do ponto de vista financeiro, mas também logístico. A radiologia é, atualmente, uma das áreas clínicas em destaque em relação a este problema.

Os exames de radiologia, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, proporcionam aos profissionais de saúde informações valiosas sobre os utentes. São exames fundamentais para a avaliação da saúde das pessoas e funcionam, muitas vezes, como fundamento para justificar determinados tratamentos ou terapêuticas.

Segundo a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), em 2021, último ano em que há registos, os exames de radiologia representaram a terceira maior despesa convencionada do SNS, com um gasto de mais de 123 milhões de euros pagos a privados. Os encargos de radiologia apresentaram uma taxa de crescimento anual de 4,5% entre 2016 e 2021. O único ano com uma quebra foi o de 2020, por conta da pandemia.

Esta evolução da despesa salienta a necessidade de otimizar a utilização dos recursos do SNS, a fim de proporcionar um serviço de saúde mais eficiente e sustentável. Uma abordagem eficaz para atingir este objetivo é a redução das faltas aos exames de radiologia, o que não apenas economiza recursos financeiros, mas também permite a realização de um maior número de exames, beneficiando assim um maior número de utentes e aumentando a capacidade de resposta com base nas necessidades da população.

A ausência do utente tem consequências financeiras e logísticas

Faltar a um exame médico de radiologia no SNS acarreta diversas consequências financeiras para o sistema. O SNS, como entidade pública, enfrenta desafios constantes para otimizar os seus recursos, garantindo a prestação de serviços de saúde eficientes e acessíveis a toda a população. Quando um utente falta a um exame médico de radiologia sem aviso prévio, isso pode resultar num desperdício significativo de recursos.

Equipamentos de radiologia, como máquinas de raios-X e tomógrafos, são caros de adquirir e de manter. Além disso, o tempo dos profissionais de saúde, como técnicos em radiologia e radiologistas, é valioso e limitado.

A não utilização destes recursos programados para um exame desperdiça investimento financeiro, mas também a capacidade de atender outros utentes que podem precisar desses mesmos serviços e que terão de esperar mais tempo.

Do ponto de vista da saúde individual, faltar a um exame de radiologia pode resultar em atrasos no diagnóstico e tratamento de condições médicas. A radiologia desempenha um papel fundamental no diagnóstico precoce de várias doenças e a não realização de um exame pode comprometer a eficácia do plano de cuidados médicos. Em alguns casos, o não comparecimento pode levar a complicações de saúde que vão exigir intervenções mais caras no futuro.

Além disso, é importante perceber que a ausência do utente no exame de radiologia pode ser uma bola de neve:

1. O resultado do exame a que o utente faltou poderá ser importante para a consulta de especialidade seguinte, já marcada.
2. Sem esse exame, o utente terá de faltar também à consulta programada, causando consequências nos serviços e na agenda da equipa médica.

Mais uma vez, o SNS fica exposto a uma situação que compromete a eficiência dos serviços.

A dificuldade de comunicação é parte do problema, mas há solução

Para evitar estas e outras consequências, é fundamental que as pessoas comuniquem antecipadamente caso não possam comparecer a um exame de radiologia agendado. Desta forma, darão oportunidade ao SNS de reorganizar a agenda, oferecendo a vaga a outros doentes e evitando o desperdício de recursos. A comunicação proativa e a responsabilidade por parte dos utentes são essenciais para otimizar o uso desses recursos e garantir um atendimento médico eficaz e acessível a todos.

No entanto, em muitos dos casos, os utentes enfrentam dificuldades na desmarcação de consultas no SNS por falhas na comunicação. Muitos destes, apesar de tentarem proceder à desmarcação, acabam por desistir por falta de resposta. Isto acontece porque os serviços hospitalares não conseguem garantir uma resposta em tempo útil face ao número elevado de telefonemas e de pedidos de contacto.

Neste sentido, quem procura adiar um exame tem de recorrer a outros meios de comunicação, como o email — que pode não garantir resposta em tempo útil — ou de forma presencial. No limite, e sem nenhuma resposta, o utente pode ter de faltar sem nunca desmarcar o exame. Tudo isto consome tempo e recursos desnecessários ao SNS.

A Aurora teleQ

Uma das soluções utilizadas atualmente em vários países da Europa é a Aurora teleQ, uma solução inovadora que facilita o trabalho dos secretários clínicos e permite uma melhor relação entre os hospitais e os seus doentes. Desta forma, é possível contactar as unidades hospitalares e saber imediatamente quando é que os serviços administrativos irão retornar a chamada.

Através desta tecnologia, sempre que for necessário ligar aos serviços do hospital, os utentes ficam a saber a hora em que o secretário vai ligar de volta. Assim, é possível que as pessoas tenham um maior controlo sobre a sua rotina e permite que ninguém fique sem resposta. Desmarcar exames de radiologia nunca foi tão fácil.

A Aurora teleQ não exige a instalação de nenhum programa informático e está comprovado que melhora a jornada do doente e aumenta a produtividade dos serviços hospitalares. Sem falhas na comunicação, esta solução vai permitir maximizar os recursos das unidades de saúde através de um agendamento mais preciso e rigoroso, tendo sempre em conta a disponibilidade das pessoas e sem necessidade de deixar vagas de exames por preencher.