As cinco dimensões da saúde digital

Portugal está entre os 25 países com melhor sistema de saúde, especificamente, ocupa  22⁰ lugar no mundo, de acordo com os dados mais recentes. Apesar de nos últimos anos não ter atravessado um bom período devido ao esgotamento dos profissionais, às longas filas de espera para conseguir uma consulta ou à falta de médicos nos cuidados primários, a realidade é que continua a adaptar-se um novo ambiente, até pouco tempo atrás, completamente desconhecido para ele: o digital.

Os dados, a forma como a informação é tratada, o aparecimento de novas ferramentas, outros canais de comunicação médico-paciente ou a Inteligência Artificial aplicada à saúde são apenas as principais dimensões afetadas, mas que mudanças traz? A forma como abordamos a saúde? Como as tecnologias digitais estão a afetar a medicina?

Se há algo claro é que oferecem a oportunidade de aproveitar as possibilidades e os canais de comunicação para chegar a todos os cidadãos, adaptar-se às suas circunstâncias e satisfazer as novas exigências da sociedade. Estamos perante um sistema de saúde digital que abrange cinco dimensões, mas quais são?

 

1. Dados, o elemento básico que faz o mundo digital funcionar

Atualmente, as tecnologias disponíveis permitem o registro digital de qualquer informação e isso tem gerado enormes quantidades de dados. Graças a isso, é possível relacionar dados previamente isolados, identificar padrões, causalidades, priorizar tratamentos e até prevenir resultados, pois o bom uso dos dados proporciona conhecimento.

É o que afirma Juan Carlos Santamaría, co-fundador da Health 2.0 Basque, apontado pelo Financial Times como o único tweeter espanhol que se encontra entre os 25 maiores influenciadores da tecnologia da saúde na Europa, “não se trata apenas do facto de é muito conveniente para o profissional de saúde ter dados para tomar decisões, mas sim o paciente quer ver como aquele dado, aquela informação, se traduz em valor”, comentou há alguns meses quando falávamos sobre cuidar da saúde pública é tarefa de todos.

 

Ter dados que agregam valor permite uma avaliação muito mais rigorosa e precisa tanto dos cuidados prestados ao paciente quanto dos procedimentos que diferentes profissionais de saúde realizam no dia a dia. Este é o principal objetivo de um software de gestão como o Aurora teleQ.

2. Outros espaços abertos e disponíveis de informação e conhecimento

Embora já tenhamos internalizado totalmente o mundo web, ele trouxe consigo um novo espaço universal de informação onde qualquer pessoa pode contribuir e receber conhecimento sem nenhum tipo de barreira física ou geográfica. Em termos de saúde, isso tem levado a uma mudança na relação do paciente com o mundo da saúde.

No caso da Aurora, seu canal Aurora teleQ Web Entrance oferece ao paciente a possibilidade de se comunicar a qualquer hora do dia com o serviço de saúde e realizar procedimentos simples como marcar uma consulta ou solicitar a renovação da receita.

Desta forma, o software de atendimento telefónico não só oferece aos diferentes centros de saúde a possibilidade de remarcar os seus pacientes, como também melhora a comunicação entre os hospitais e os utentes, facilitando a gestão de tarefas entre os diferentes departamentos e, por conseguinte, permitindo uma comunicação mais eficaz e eficiente organização de recursos.

3. Comunicação, o caminho para superar as barreiras geográficas e temporais

Outra das vantagens das tecnologias digitais é que na prática elas eliminaram muitas barreiras temporais e geográficas, integrando diferentes canais de comunicação como SMS, chat, videochamada… Aurora teleQ também oferece todas essas opções, possibilitando um diálogo mais rápido e fluido com o paciente. Além disso, graças à flexibilidade e rapidez do meio digital, a saúde ganhou uma amplitude de serviços que inclui consultas online, acompanhamento e enfermagem à distância, reabilitação física e psicológica, entre outras opções que até pouco tempo atrás eram impensáveis.

4. Novas ferramentas

Os avanços tecnológicos têm contribuído muito para o sistema de saúde. Por um lado, eles permitiram não apenas entender melhor uma doença, mas também o que fazer para preveni-la ou detectá-la e como estabelecer um plano de ação mais eficaz caso seja necessário tratá-la; por outro, oferecem aos profissionais de saúde outras ferramentas que enriquecem o seu trabalho, tanto médico (por exemplo, cirurgias suportadas por realidade virtual) como administrativo (sistemas de gestão como o Aurora teleQ).

5. A Inteligência Artificial na área da saúde

O setor de saúde está a enfrentar um novo paradigma com o desenvolvimento da IA. Com o machine learning é possível treinar um programa graças aos parâmetros obtidos a partir de dados de treinamento massivos. Um software que aprende, não no sentido de assimilar conhecimento, mas de “tentativa-erro”.

Na área da saúde, estas técnicas de Inteligência Artificial já estão a ser utilizadas no apoio à cirurgia, na automatização de diferentes intervenções, análises, no desenho de novos medicamentos e tratamentos… Ou no uso do processamento de linguagem natural para melhorar os sistemas administrativos de saúde (por exemplo, leitura de prontuários, sistemas de consulta semi-automatizados…).

Em geral, não apenas a IA, o meio digital está a transformar a forma como a saúde é abordada em muitos aspectos e isso requer estratégias globais para os formuladores de políticas de saúde e ferramentas de gestão como o Aurora teleQ que preparam todos os atores profissionais de saúde (pacientes, profissionais e líderes) continuar a cuidar do sistema de saúde, em todos os níveis: organizacional, ético e assistencial.