Franceses vão pagar multa se faltarem a consultas médicas. Que alternativas podemos implementar em Portugal?

França anunciou que vai multar em cinco euros as pessoas que não comparecerem a consultas médicas. O anúncio foi feito pelo Primeiro-Ministro, Gabriel Attal, e representa uma das várias medidas para impulsionar o serviço de saúde no país. À semelhança do que acontece em Portugal, também os franceses têm falta de médicos, longas listas de espera e outras dificuldades no acesso à saúde.

Segundo o principal sindicato dos médicos francês, são desperdiçadas 27 milhões de consultas por ano devido a faltas de utentes, noticia o Jornal de Notícias. Esta quebra de compromisso por parte dos franceses condiciona os serviços de saúde e a eficiência da resposta, uma vez que seria possível atender um maior número de pessoas se as ausências fossem comunicadas com a devida antecedência.

O imposto lapin, como ficou conhecido, vai obrigar a que os utentes que faltem a uma consulta agendada ou que não comuniquem a sua ausência até, pelo menos, à véspera da consulta sejam penalizados por estarem a pôr em causa os recursos do serviço e a ocupar vagas que podiam ser adjudicadas a outros doentes. O valor da multa é de cinco euros e deverá começar a ser cobrado ainda este ano.

Sempre que um doente falta a uma consulta sem aviso prévio, existem consequências para a instituição de saúde: as listas de espera continuam a crescer, porque vai ser necessário alocar essa pessoa numa outra vaga, e, em muitos casos, pode haver uma perda de recursos.

 

As faltas às consultas colocam em causa o sistema de saúde

A quantidade de consultas marcadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem aumentado nas últimas décadas, o que reforça a existência de uma maior resposta aos problemas da população. Em 2022, último ano com dados disponíveis, o SNS somou quase 13 milhões de consultas — o maior número desde que há registos, segundo o Pordata.

No entanto, em muitos casos, a desmarcação de consultas continua a ser uma tarefa desafiadora para muitos utentes. A dificuldade em dar resposta às chamadas por parte dos hospitais contribui para a complexidade deste processo, impactando não apenas a vida das pessoas, mas também o funcionamento eficiente do sistema como um todo.

As linhas telefónicas dos hospitais estão frequentemente congestionadas, o que resulta em dificuldades para os utentes conseguirem fazer o contacto. Além disto, em muitos casos, o sistema não consegue retornar todas as chamadas. Isso leva os utentes a recorrerem a outros canais, como o email, que nem sempre garante uma resposta rápida, ou a comparecerem pessoalmente. Essa situação consome tempo e recursos valiosos do SNS.

Como já vimos, os desafios relacionados com a desmarcação de consultas no SNS não afetam apenas os utentes, mas têm também implicações significativas na gestão de recursos:

• As consultas não desmarcadas consomem tempo e recursos preciosos que poderiam ser direcionados para atender outras necessidades do sistema de saúde;
• A falta de comunicação efetiva sobre as desmarcações resulta em lacunas na agenda dos profissionais de saúde, comprometendo a eficiência do atendimento e a qualidade dos serviços prestados.

 

Antes das multas, que ajuda nos pode dar a tecnologia?

A medida francesa de cobrar uma taxa por faltas a consultas médicas, embora controversa, destaca um problema comum em sistemas de saúde em todo o mundo: o desperdício de recursos devido a ausências não justificadas. Como resolver esse problema? Investindo em tecnologia para melhorar a comunicação entre os utentes e os serviços de saúde, facilitando o contacto e reduzindo a necessidade de recorrer a métodos menos eficazes.

Em Portugal, onde o acesso aos serviços de saúde é um desafio contínuo, é crucial explorar alternativas que promovam uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis. Uma dessas alternativas é a implementação de soluções tecnológicas como a Aurora teleQ.

A Aurora teleQ é uma plataforma que oferece uma maneira conveniente e rápida de contactar os serviços de saúde. Ao permitir que os doentes desmarquem consultas de forma simples e eficaz, esta tecnologia pode ajudar a reduzir o número de faltas e, consequentemente, diminuir o desperdício de consultas médicas. Através desta plataforma, os utentes podem cancelar ou reagendar consultas com facilidade, libertando vagas para outros doentes que necessitam de atendimento.

Assim, quando for necessário contactar a unidade de saúde para desmarcar uma consulta médica ou tirar dúvidas sobre algum exame, o utente irá ouvir uma mensagem de voz que o informa sobre a hora a que os serviços do hospital irão ligar de volta. Desta forma, a Aurora teleQ faz diminuir as não comparências nas consultas, evita deslocações desnecessárias às instituições de saúde e garante que todas as chamadas são atendidas no mesmo dia.

Mas esta não é a única vantagem. Além da simplificação do agendamento, a tecnologia oferece outras funcionalidades que aprimoram a experiência dos utentes. Por exemplo, algumas Unidades Locais de Saúde (ULS) já implementaram o acesso facilitado por meio do Web Entrance.

Esta integração permite que as pessoas realizem diversas tarefas de forma autónoma, como agendar uma consulta para retorno de chamada ou videochamada, cancelar consultas, deixar mensagens ou solicitar a repetição de prescrições. Todas estas operações podem ser realizadas diretamente através do website da instituição de saúde.

A comunicação mais próxima entre instituições de saúde e utentes também fortalece a relação de confiança e empatia. Ao oferecer canais de comunicação acessíveis e eficientes, as unidades de saúde demonstram um compromisso com o bem-estar e a comodidade da população. Isto pode melhorar a satisfação do utente e aumentar a sua confiança nos serviços de saúde, levando a uma maior adesão aos canais próprios de comunicação.

Em resumo, o desperdício de consultas médicas devido a faltas dos utentes é um problema sério que requer atenção e ação por parte das autoridades de saúde em Portugal. Ao explorar alternativas eficazes e adaptadas às necessidades da população, como a tecnologia da Aurora teleQ, é possível promover uma utilização mais eficiente e equitativa dos recursos de saúde, beneficiando tanto os doentes quanto o sistema como um todo, incluindo todos os profissionais que nele trabalham.