Já começou a campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19 e gripe. Como podemos melhorar o acesso dos utentes aos centros de saúde?

A campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19 e a gripe já começou em Portugal. Para maximizar os resultados, a inoculação pode ser feita nas farmácias comunitárias ou nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Isto vai permitir assegurar que mais pessoas sejam vacinadas atempadamente e vai fortalecer o sistema de saúde como um todo, aumentando a capacidade de resposta em períodos de maior procura.

As vacinas contra a gripe e contra a Covid-19 têm o objetivo de reduzir o risco de doença grave, hospitalização e morte por infeção. A campanha de vacinação sazonal outono-inverno 2024-2025 surge para incentivar a população mais vulnerável a vacinar-se nas estações em que estas infeções são mais comuns, conferindo deste modo um reforço da proteção.

No entanto, sabe onde pode ser vacinado? E que papel têm os centros de saúde no processo, depois do alargamento da vacinação às farmácias comunitárias? Respondemos a todas estas questões neste artigo, mas também abordamos o papel que as novas tecnologias podem vir a ter em futuras campanhas de vacinação.

 

Farmácias ou centros de saúde. Afinal, onde se pode ser vacinado?

Desde 2023 que as farmácias comunitárias podem administrar as vacinas para ambas as doenças, por todo o país. A medida surgiu de forma a aproximar os cidadãos dos locais de vacinação, mas também para diminuir a sobrecarga das unidades de saúde, nomeadamente dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).

Em 2024, a medida volta a ser colocada em prática. Assim, a vacinação contra a Covid-19 e a gripe está disponível em diversos locais, assegurando que todos os grupos elegíveis possam ser atendidos de forma eficaz. No entanto, segundo o SNS24, existem regras para facilitar o acesso.

Os utentes com idades entre os 60 e 84 anos, assim como os profissionais de saúde que trabalham em farmácias, podem ser vacinados nas farmácias comunitárias, facilmente localizáveis através do respetivo localizador de farmácias.

Já nas unidades de saúde do SNS, a vacinação abrange uma gama mais alargada de grupos prioritários, incluindo os utentes com mais de 85 anos, bem como os profissionais e utentes residentes em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), lares semelhantes e unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

Além destes, pessoas com patologias de risco, grávidas, profissionais de saúde dos setores público e privado, assim como estudantes em estágio clínico, têm também prioridade de acesso à vacinação no SNS. Bombeiros envolvidos no transporte de doentes, prestadores de cuidados a pessoas dependentes, profissionais de distribuição farmacêutica, pessoas em situação de sem abrigo e indivíduos em estabelecimentos prisionais são igualmente abrangidos por esta campanha de vacinação nas unidades de saúde, assegurando que os mais vulneráveis ou os que desempenham papéis cruciais na prestação de cuidados de saúde estão protegidos.

Dessa forma, garante-se uma cobertura ampla e eficaz, contribuindo para a proteção da saúde pública em toda a comunidade.

 

E as unidades de saúde estão preparadas para serem contactadas?

Todos os utentes elegíveis para a vacinação são informados através de uma mensagem SMS, com o objetivo de os sensibilizar para a importância do processo de vacinação. No caso dos utentes com 85 ou mais anos, ou aqueles que possuem patologias de risco, o agendamento será feito diretamente pelas unidades de saúde, seja por SMS ou por contacto telefónico.

No entanto, estes utentes também têm a opção de contactar ativamente a sua unidade de saúde para agendar a vacinação. É o caso também das pessoas com idades entre os 60 e 84 anos, que podem proceder ao agendamento da vacinação de forma proativa, tanto nas unidades de saúde do SNS como nas farmácias portuguesas, diz o site do SNS.

Atualmente, sabemos que isto pode ser um problema: muitos centros de saúde têm dificuldade em dar respostas às inúmeras chamadas telefónicas e emails. Esta limitação é intensificada a partir de setembro e outubro, quando a população deseja agendar a vacinação contra a gripe e a Covid-19 e o número de tentativas de contacto sobe.

 

Então, como podemos integrar as soluções digitais para facilitar a gestão?

Uma das formas mais eficazes de melhorar o acesso aos centros de saúde é através da implementação de soluções digitais. Ferramentas como a Aurora teleQ, uma plataforma de gestão de comunicação em saúde, têm o potencial de transformar a forma como os utentes interagem com os serviços de saúde.

A Aurora teleQ permite uma gestão eficiente do agendamento de consultas e otimiza a comunicação entre utentes e unidades de saúde. Com esta tecnologia, as barreiras de acesso físico aos centros de saúde podem ser minimizadas, ao reduzir a necessidade de deslocação desnecessária e ao permitir que os utentes possam agendar e confirmar as suas consultas ou vacinas de forma remota.

Por exemplo: com esta solução, é possível criar um menu telefónico em que o cidadão direciona a sua chamada para a área pretendida. Com este sistema, durante os meses da gripe, as unidades de saúde podem segmentar as chamadas, criando uma secção de “Vacinação” destinada a agendar, reagendar e tirar dúvidas sobre o processo de inoculação.

Esta é apenas uma das vantagens da Aurora teleQ. Durante o resto do ano, os centros de saúde podem melhorar o seu fluxo de trabalho e produtividade devido à melhor organização das suas tarefas. Os utentes ficam igualmente satisfeitos, uma vez que este sistema permite que todas as pessoas tenham uma resposta em tempo útil às suas chamadas telefónicas.

Além disso, a redução dos tempos de espera é outro benefício considerável da utilização de tecnologias como esta. Esta otimização dos processos administrativos significa que mais tempo pode ser dedicado ao atendimento clínico, aumentando a capacidade de atender mais pessoas num período mais curto.